Vacina contra Zika vírus demonstra ser eficaz em testes com roedores

Testes de uma nova vacina contra o Zika vírus mostraram resultados positivos em camundongos. O imunizante desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo, apresentou a capacidade de induzir a resposta imune contra o patógeno e ainda protegeu os roedores de danos cerebrais e testiculares associados à infecção viral.
Os resultados também chamaram atenção pela capacidade de induzir a produção de anticorpos que neutralizam o vírus. Além disso, a vacina não permitiu que a infecção se agravasse e, por consequência, não surgiram sintomas nos animais.
Os testes investigaram os efeitos da infecção no cérebro, rins, fígados, ovários e testículos dos camundongos.
De acordo com os pesquisadores responsáveis pela vacina, o Zika vírus é muito parecido com os quatro sorotipos do vírus da dengue e cocircula no mesmo ambiente de transmissão, o que dificulta o desenvolvimentos de vacinas.
O imunizante utiliza de uma tecnologia diferente, chamada partículas semelhantes ao vírus, VPL na sigla em inglês. Nesta técnica, o material genético do vírus não é utilizado na produção, diferente dos imunizantes mais tradicionais.
Segundo o Ministério da Saúde, o Zika é um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti que apresenta riscos principalmente para gestantes. Ao ser infectada a grávida pode transmitir o vírus para o feto, o que pode fazer com que o bebê desenvolva microcefalia.
*Com supervisão de Fabiana Sampaio
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