Banco Central eleva Selic a 15%, patamar mais alto desde 2006
Copom sinaliza possível pausa na alta dos juros após sexto aumento consecutivo

O Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa Selic para 15% ao ano, maior nível desde julho de 2006, quando atingiu 15,25%. A decisão foi tomada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que citou a necessidade de cautela diante da instabilidade econômica externa — especialmente nos Estados Unidos.
O Copom ressaltou que cenários nos EUA, como políticas comercial e fiscal, seguem incertos e afetam os mercados emergentes. Por isso, os juros altos ajudam a manter a inflação sob controle no Brasil. Apesar do reajuste, os diretores deixaram claro que, se não houver piora no panorama global, o ciclo de aumentos pode ser encerrado já na próxima reunião.
Desde setembro do ano passado, a Selic passou por seis altas consecutivas. A maioria dos analistas já esperava uma pausa, mas alguns bancos ainda previam esse ajuste atual até os 15%.
O aumento da Selic impacta todo o sistema financeiro: empréstimos, financiamentos e aplicações serão encarecidos. A ferramenta é o principal meio de o BC conter a inflação, especialmente para proteger os mais vulneráveis. Se a inflação estiver dentro da meta, os juros podem cair; se estiver acima, como agora, sobem.
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