Psicólogo alerta para uso excessivo de celulares por crianças

A infância é um período crucial na vida do ser humano. Esta fase onde ocorre o amadurecimento do cérebro, a aquisição dos movimentos e diversas outras capacidades, está sendo prejudicada pelo acesso ilimitado à internet, que diminui drasticamente o interesse da criança nos estudos e nas atividades recreativas.
Quem explica melhor este fenômeno é o psicólogo Eric Noborikawa. "Na verdade, o problema é o excesso de exposição também. Essa criança vai ter, por exemplo, a negativamente o desenvolvimento das funções executivas, por exemplo, a memória de trabalho, a flexibilidade da cognitiva dela e a própria autorregulação e comportamentos impossíveis e inibitórios, até porque o cérebro não tá totalmente formado", diz.
O excesso de consumo de vídeos curtos fazem com que a criança tenha uma tolerância menor ao tédio e a realização de outras atividades, por não se sentir suficientemente estimulada, uma vez que nenhuma outra forma de entretenimento vai conseguir dar a a mesma sensação de prazer contínuo, provocada pelo neurotransmissor dopamina. O suporte profissional é recomendado, mas as mudanças devem começar dentro de casa.
O relatório mundial da felicidade de 2023, elaborado pela ONU, também apontou uma tendência preocupante. Atualmente os jovens se sentem mais infelizes.
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