Crianças e idosos têm altos índices de infecções respiratórias graves

Na última semana, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave mantiveram a tendência de queda. Mas os números seguem elevados em vários estados do país.
Segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (24), a redução foi influenciada pela queda nas hospitalizações por influenza A e pelo VSR, vírus sincicial respiratório.
Apesar da diminuição dos casos, a incidência das infecções respiratórias graves continua alta, especialmente entre as crianças pequenas, com o VSR como o principal responsável. Já nos casos de Influenza A, os idosos continuam sendo os mais vulneráveis, com números elevados em diversos estados das regiões Centro-Sul e também em alguns do Norte e Nordeste.
Entre os estados, apenas o Amazonas apresenta incidência de casos em nível de alerta, risco ou alto risco, nas últimas duas semanas. A tendênca de crescimento, segundo o estudo, ocorre principalmente por causa do VSR em crianças pequenas.
De acordo com a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella, em relação a covid-19, os casos graves continuam em baixa e estáveis na maior parte do país. No Ceará, no entanto, houve um leve aumento nas notificações dos quadros graves da doença.
“Tem-se observado nas últimas semanas, um crescimento desses casos graves por covid-19 no estado do Ceará. Portanto, é bom a gente ficar de olho nessa região nas próximas semanas. Por conta desse cenário ainda de alta de casos de SRAG por influenza A e também por conta desse sinal de aumento dos casos de SRAG por covid-19 no estado do Ceará, a gente vem aqui lembrar para que as pessoas estejam em dia com a vacinação também com contra o vírus da covid-19”.
Outro dado que chama atenção no estudo: mais de 63% das mortes por infecção respiratória grave, nas últimas quatro semanas, foram causadas pela gripe.
Desde o início de 2025, já foram notificados mais de 139 mil (139.323) casos da doença. Cerca de 53% deles foram positivos para algum vírus respiratório. Desses, quase 27% por influenza A, 1% influenza B, 46% VSR, quase 23% por rinovírus e 7% covid-19.
*Com supervisão de Fabiana Sampaio.
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