Iniciativa abre vagas para médicos especialistas atuarem no SUS

Uma iniciativa inédita vai oferecer 1.778 vagas para médicos especialistas atuarem no SUS em regiões onde há escassez desses profissionais pelo país. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (23) pelo Ministério da Saúde, em Brasília.
O edital do Programa Mais Médicos Especialistas sai nesta quinta (24), com inscrições a partir da próxima segunda, dia 28, pela plataforma da Universidade Aberta do SUS. Segundo o governo, 635 vagas são para início imediato nas regiões prioritárias mapeadas, como Nordeste, Norte e Sudeste. O objetivo é ampliar o número de médicos especialistas da rede pública, já que apenas 10% deles são exclusivos do SUS.
O secretário do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço, do Ministério da Saúde, detalhou o edital inédito:
“Essa oferta mais imediata de vagas é exatamente para que os profissionais especialistas possam iniciar suas atividades em setembro. E esse profissional vai estar 16 horas semanais de atuação assistencial em policlínicas, em hospitais regionais, em ambulatórios especializados, e 4 horas de atividades educacionais, para que ele participe desse aprimoramento. Uma bolsa formação a partir de R$ 10 mil, e aquelas localidades de proporção menor de especialistas a cada 100 mil habitantes vão ter uma bolsa maior.”
De acordo com o secretário, a iniciativa vai representar ampliação do acesso à saúde e vai reduzir as desigualdades regionais.
A formação será acompanhada por hospitais de excelência, como Albert Einstein, Sírio-Libanês, HCor e Beneficência Portuguesa.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou a importância da iniciativa:
“É a primeira vez que a gente vai lá financiar diretamente o esse profissional, que já é um especialista. Ao fazer o aprimoramento de uma técnica, ele está ofertando esse serviço dele também para o serviço ligado à secretaria estadual, municipal, onde ele vai estar atuando.”
Bolsas para residência médica
Outra novidade é a criação de mil novas bolsas para residência médica com foco em áreas como atenção primária, oncologia e saúde da mulher, como explicou o ministro Padilha:
“Para o Ministério da Saúde, a saúde da mulher é prioridade absoluta, porque as mulheres são maioria da população, são maioria das trabalhadoras do SUS e é quem mais vai ao serviço de saúde, também no SUS, porque, quando ela não vai como paciente, em geral, ela está indo lá acompanhando o filho, o pai, o avô, o marido. É a mulher que vai.”
O ministro destacou ainda a chegada de 3,1 mil médicos, pelo programa Mais Médicos, a municípios de pequeno porte, periferias de grandes cidades e territórios indígenas.
*Com reportagem de Oussama El Ghaouri
3:12
COMENTÁRIOS