Representantes de cooperativas, sindicatos, indústrias e de empresas americanas se reuniram nesta terça-feira com o Governo Federal.

Este foi o 2º dia de reuniões para tratar da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto.

O encontro foi liderado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e teve ainda a participação da Amcham, a Câmara Americana de Comércio para o Brasil.

A entidade mantém diálogo com o governo brasileiro e trouxe a visão de várias empresas sobre o impacto do tarifaço para as operações.

Foi o que detalhou Abrão Neto, o diretor-executivo, CEO, da Amcham Brasil. Abrão Neto destacou como as empresas estão lidando com as questões jurídicas apontadas por Trump: "As empresas atuam no marco econômico comercial e a discussão que nós temos buscado tem sido dentro do âmbito econômico comercial, onde há interesses muito importantes de ambos os lados e onde nós entendemos que há espaço para se encontrar uma convergência e se resolver economicamente, comercialmente essa situação."

O vice-presidente Geraldo Alckmin também defendeu que a negociação com os Estados Unidos precisa se restringir às questões econômicas e comerciais.

Alckmin também falou sobre a investigação aberta pelos Estados Unidos contra o Brasil na Organização Mundial do Comércio por supostas práticas injustas, como, por exemplo, o uso do PIX, uma alternativa ao WhatsApp Pay e as bandeiras de cartão de crédito norte-americanas. Segundo ele, essa não é a primeira vez que isso acontece, já foi feito anteriormente. O Brasil respondeu e o assunto foi encerrado. E dessa vez, o Brasil vai explicar. 

Nesta terça, as reuniões foram com representantes da indústria e do agronegócio para encontrar uma solução que evite prejuízos aos exportadores brasileiros.