O leilão do túnel Santos-Guarujá, o primeiro projeto de túnel submerso do Brasil, aconteceu nesta sexta-feira. Duas empresas participaram do certame e a vencedora foi a construtora portuguesa Motengil, que ofereceu desconto de 0,5% para a contraprestação pública. A empresa espanhola interessada não apresentou desconto.

O projeto tem investimento estimado em R$ 6,8 bilhões e aporte público de até R$ 5,1 bilhões e R$ 100 milhões, divididos entre Estado e União. O contrato de 32 anos contempla a construção, operação e manutenção do empreendimento e prevê o pagamento mensal de pouco mais de R$ 438 milhões pelo governo de São Paulo durante 24 anos de concessão.

O leilão aconteceu na sede da B3, em São Paulo, e contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas, dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda, Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, Márcio França, do Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, e também do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Esse será o primeiro túnel submerso do Brasil e deve reduzir o tempo de deslocamento entre as cidades de Santos e Guarujá de uma hora para cerca de cinco minutos. A estrutura vai beneficiar 2 milhões de moradores dos dois municípios. A estimativa do governo paulista é de que o túnel impulsione a economia da Baixada Santista e gere cerca de 9 mil empregos.

Atualmente, a travessia é feita por balsas, com tempo médio de 20 minutos. Em dias de filas, pode levar até uma hora. Pela rodovia, o percurso também dura em torno de uma hora. O túnel Santos-Guarujá terá 1,5 km de extensão, mais da metade abaixo do canal portuário, e terá com três faixas por sentido: uma exclusiva para o veículo leve sobre trilhos (VLT), além de passagem para pedestres, ciclistas e galeria de serviços.