Especialistas recomendam prática regular de exercícios para elevar qualidade de vida, mas menos de 60% dos brasileiros que vivem nas capitais seguem orientação. A atividade física é o remédio mais eficaz para a saúde mental e física.

Diversas doenças podem ser prevenidas com esse hábito, já que a prática regular de exercícios contribui para a qualidade de vida, segundo especialistas. Para chamar atenção para este tema foi instituída a campanha Setembro Verde.

Para o professor de educação física e presidente da Câmara de Atividade física e saúde do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal, Lúcio Rogério Gomes dos Santos, mexer o corpo deve ser uma prática frequente e que deve ser cultivada desde cedo.

“Exercício físico e qualidade de vida tem a ver com começar: você tem que começar. Qual é o motivo? É por estética? Começa! Saúde? Começa. Nunca é tarde, o ideal é que as pessoas fizessem exercício físico desde a infância, que fossem acostumados, que continuassem praticando. Esse é o ideal.”

Entre os muitos benefícios, o exercício regular ajuda a melhorar o sono e a prevenir as perdas decorrentes da idade. Lúcio Santos ressalta o impacto direto na qualidade de vida é notável.

“De doenças crônicas a doenças psicológicas, de doenças neuronais. A gente está falando até Alzheimer sendo tratado e as pessoas tendo melhores respostas no combate ao Alzheimer com exercício físico. Então toda essa parte cognitiva e também a parte física são trabalhadas com exercício físico.”

O professor também destaca o papel do profissional de educação física na orientação segura das práticas. E avalia que seja qual for o objetivo do exercício, a calma e a constância são a chave do sucesso.

“A busca instantânea de hipertrofia muscular, de estética física, tem que ser controlada, conquistada gradualmente. E aí é obrigação do profissional de educação física, que está naquele espaço, orientar e impedir os exageros.”

O Brasil tem um longo caminho a percorrer quando o assunto é se exercitar. Dos 34,8 milhões de brasileiros que vivem nas capitais, apenas 54% praticam atividade física regularmente, segundo o último inquérito Vigitel, do Ministério da Saúde.

Entre os que se exercitam nas capitais, 19,4% optam por caminhadas; outros 18% praticam musculação, natação, tênis ou bicicleta; 4,6% dedicam-se à dança e a outras modalidades.

Florianópolis é a capital mais ativa do país, com 65,3% da população praticando alguma atividade física, seguida por Vitória, com 64,5% e pelo Distrito Federal, com 63,1%.