O Brasil abriu 129.778 postos de trabalho formais em julho, o menor nível de criação de empregos para o mês desde 2020. Os dados são do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e foram apresentados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O resultado representa uma queda de 32,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e reflete a pressão dos altos juros e da desaceleração da economia.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que a situação dos juros altos precisa ser enfrentada e cobrou a queda da taxa Selic, hoje em 15% ao ano, do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Nos sete primeiros meses deste ano, o país abriu 1.347.807 vagas, queda de 10,35% ante o mesmo período do ano passado e o menor número para o período desde 2023.

Apesar da redução, todos os cinco setores da economia criaram vagas no mês passado, segundo o governo.

Serviços liderou com a abertura de mais de 50 mil postos, seguido pelo comércio, com mais de 27 mil, e pela indústria, com mais de 24 mil.

Construção civil registrou mais de 19 mil vagas, e agropecuária, quase 9 mil.

No cenário regional, todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos em julho.

O Sudeste liderou a abertura de vagas, com mais de 50 mil postos, seguido pelo Nordeste, com mais de 39 mil. Depois, vieram Centro-Oeste, Sul e Norte.  

Entre as unidades federativas, 25 das 27 registraram saldo positivo. São Paulo se destacou com a geração de 42 mil empregos.

Apenas Tocantins e Espírito Santo fecharam vagas, sendo que no estado capixaba o motivo foi o fim da safra de café.

*Com informações da Agência Brasil