Neste sábado (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o país realizou um ataque aéreo contra três instalações nucleares do Irã. A operação teria como alvos principais os centros de Fordow, Natanz e Esfahan, locais estratégicos do programa nuclear iraniano.

A ofensiva acontece após uma escalada de tensões entre Israel e Irã, com trocas de ataques aéreos durante toda a semana. Israel já havia anunciado uma missão militar para atingir estruturas nucleares do Irã, que respondeu com mísseis lançados contra cidades israelenses como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.

“Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã”, escreveu Trump em sua rede social, Truth Social. Ele também parabenizou os militares americanos e declarou: “Agora é hora de paz”.

Segundo ele, o alvo principal foi Fordow, considerado uma das áreas mais protegidas do Irã. Trump disse que uma “carga completa de bombas” foi usada e que todas as aeronaves americanas já deixaram o espaço aéreo iraniano em segurança. “Fordow se foi”, afirmou.

Ainda não houve resposta oficial do governo do Irã sobre os ataques.

De acordo com a agência Reuters, os Estados Unidos utilizaram aviões de guerra B-2, que são capazes de carregar bombas pesadas, como as necessárias para atingir instalações subterrâneas como Fordow.

Entrada dos EUA no conflito

A possibilidade de os Estados Unidos entrarem diretamente no conflito já era discutida desde fevereiro. Na época, Trump retomou a política de “pressão máxima” contra o Irã, exigindo um novo acordo nuclear que impedisse o desenvolvimento de armas atômicas.

No dia 17 de junho, Trump disse que já controlava o espaço aéreo iraniano, sugerindo que uma ação militar estava próxima. Ele também declarou que sabia onde o líder do Irã, Ali Khamenei, estaria escondido, mas que, por enquanto, não tinha planos de atacá-lo.

Dois dias depois, em 19 de junho, Trump afirmou que levaria até duas semanas para decidir se os EUA entrariam diretamente no confronto entre Israel e Irã.

Segundo analistas, a entrada dos Estados Unidos no conflito pode aumentar a pressão sobre o Irã, que já enfrenta dificuldades econômicas e políticas internas. Especialistas ouvidos pelo portal Clarim disseram que isso pode tornar o governo iraniano ainda mais vulnerável.