As gripes em geral, agrupadas como síndromes respiratórias, estão lotando os hospitais paulistas. Segundo dados da pesquisa do Sindhosp, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo, 85% dos hospitais privados do Estado registraram aumento das internações por SRAG, síndrome respiratória aguda grave, neste mês de junho. No mesmo período do ano passado, esse percentual foi inferior a 50%.

O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 16 deste mês, e ouviu 88 unidades de saúde paulistas. Duas em cada três dessas unidades ficam na capital e na Grande São Paulo, e as demais no interior do estado.

Para o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, o aumento das internações e dos atendimentos nos serviços de pronto socorro deve-se em grande medida ao baixo índice de vacinação contra a gripe, que atinge apenas 35% de adesão no país. 

Balestrin observa que o surto de SRAG começou mais cedo este ano, antes do inverno, portanto pode-se acreditar que a situação tende a se agravar, exigindo a vacinação dos grupos mais vulneráveis especialmente crianças e idosos.

“Hoje, nós temos um remédio, que são as vacinas. Portanto, vamos, como responsabilidade individual e coletiva, levar esse remédio para nossas famílias, amigos e cidadaõs. Não se esqueçam: vacinas, sim”.  

74% dos hospitais relatam aumento no número de atendimentos no pronto atendimento, urgência ou emergência, de SRAG, sendo que no ano passado eram 58% dos hospitais que observavam esse aumento. A faixa etária predominante nos atendimentos refere-se a pacientes de 30 a 50 anos em ambas as pesquisas.

Quase 40% foram por pneumonia bacteriana ou viral, enquanto 32% Influenza ou Covid. Outros 7% relatam crises de asma ou piora em doença pulmonar obstrutiva crônica, como enfisema.